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Ushuaia

A expectativa e ansiedade era grande para chegarem Ushuaia. Começamos o caminho com tempo bom e belas paisagens Pelo Nosso Caminho, mas alegria de pobre dura pouco. Logo que chegamos a Tolhuin o tempo mudou bastante. Muitas nuvens no céu e prenúncio de chuva no caminho. E por falar em Tolhuin, tivemos de fazer uma parada na famosa padaria União. Estava bem cheio quando chegamos e ficou assim até o momento de sairmos dali. Fiquei frustrado com o café. Queria um bom expresso, mas o café era de máquina, aquelas grandes de colocar moeda. Apesar disso, fartura de comida, vale a pena uma visita. Peguei uns pães de queijo, que há que se dizer que estão longe de ser o "nosso" pão de queijo, e uma massa folheada de queijo. Não lembro o que a Fê comeu.

De volta a estrada, seguimos beirando o lago Fagnano por um bom trecho. Visual bacana. A história de formação do lago também é interessante, surgindo através de falhas de placas tectônicas. Coisa para se buscar informação melhor em outros meios, não me sinto capacitado para explicar em detalhes tudo que li a respeito lá nos miradores.

O visual da estrada é muito legal, mesmo com a meteorologia não ajudando muito. Quando começaram a aparecer os primeiros montes nevados uma emoção tomou conta da gente. Estávamos atingindo o ponto mais extremo do continente, um marco na nossa viagem.


Subimos uma serra, com direito a belas paisagens e também alguns precipícios bem angustiantes. Mas no momento em que começamos a descer a serra para chegada em Ushuaia a chuva nos alcançou, infelizmente. Isso foi meio frustrante. Todo mundo fala que a chegada é linda, visual fantástico e nós só víamos água. Chuva só deu trégua chegando mesmo na entrada da cidade, no portal. E valeu. O visual é realmente maravilhoso partir daí. Montanhas lindas e a baía ao fundo sensacional. Demos uma volta pela cidade e, como ainda era cedo para ir até nosso local de hospedagem, resolvemos ir até o Parque Nacional Tierra del Fuego. O bom foi que o tempo deu uma melhorada significativa justo quando chegávamos lá. O parque é bem grande, com muitos lagos e trilhas, tendo inclusive um local para acampar. Nossa idéia era chegar até o ponto final da ruta 3 e ir até correio do fim do mundo. Como tinha chovido recentemente o caminho estava com muita lama, mas valeu a pena chegar até o final da Rota 3. Acho que pela meteorologia não havia tanta gente por ali. Conseguimos fazer uma foto rapidamente com nosso carro (não se pode parar com carro ali, tivemos de fazer uma passagem bem lenta para poder fazer a foto). Felicidade grande em atingir esse ponto extremo. Primeira conquista marcante de nossa viagem. Agora é só seguir rumo norte até Prudhoe Bay, mais ou menos uns vinte mil quilômetros pela frente. Logo ali. Rsrsrs

Como não dava para ficar só ali admirando o final da ruta, partimos para o Correio do Fim do mundo.

Junto a Bahia Ensenada se encontra as instalações do Correo del Fin Del Mundo, onde o Sr. Carlos de Lorenzo administra esta oficina, a mais austral do continente. O lugar é muito bacana, muitos postais, selos e uma infinidade de fotos, notas e recortes de todos os lugares do planeta. Ali nós carimbamos nosso passaporte e gastamos uma nota comprando e enviando postais para a família. Acabamos encontrando um grupo de motociclistas brasileiros por la também. Pessoal muito gente boa. Eles têm um canal no youtube chamado "Vivendo em duas rodas", vale a pena dar uma conferida.

Com o frio aumentando e o tempo nublando resolvemos retornar para a cidade. No caminho ainda cruzamos com um grupo de cavalos selvagens dentro do parque. Lamentei somente não ter conseguido ver nenhum carpinteiro gigante, o pica pau de topete vermelho, ave típica nesta região preservada da Terra do fogo.

Na cidade paramos para tirar uma foto no letreiro de Ushuaia. Não ficou lá essas coisas até porque o tempo começou a ficar bem feio. Bom, sem mais o que fazer fomos procurar nosso local de hospedagem.

Como Ushuaia marcava um dos pontos altos de nossa viagem, resolvemos nos dar ao luxo de ficar em um Airbnb. Fizemos uma reserva enquanto estávamos em Rio Grande. Nossa idéia era passar pelo menos uns 4 dias em Ushuaia, isso baseado no que nos foi dito ser suficientes para conhecer a cidade, e por ser também um local onde tudo é bem mais caro, ou seja, nossa idéia era não estender muito o tempo ali.

Encontrar o endereço de onde iríamos ficar foi uma maratona. O GPS do carro nos colocou em várias furadas, e o telefone nos dava um endereço totalmente defasado do GPS. E para piorar, as ruas não estavam assim tão bem sinalizadas. Fizemos contato com a pessoa da casa via internet e ela já devia estar estressada com a gente enrolado tentando achar a casa. Depois de muito procurar finalmente encontramos. Daí veio a maior das dificuldades, estacionar a carreta. O terreno totalmente irregular, muito inclinado. O nosso receio de ferrar o engate estacionando era muito grande. Adrenalina pura. Sofri, mas conseguimos com ajuda de um vizinho que estava ali e que depois descobrimos ser parente da dona da casa. Tirar dali depois seria outro problema, mas isso só depois de uns dias, então agora era relaxar.

Na foto não se nota a real inclinação do terreno. Punk

Na foto não dá para se ter a real noção de quão inclinado o terreno. Bem complicado.




Fernanda Azzolini e Marco Antonio Parreiras em viagem pela Europa e agora preparando uma grande aventura pelas três américas!

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